28/09/2009

Dia do meio Ambiente


AN VERDE- Reportagem do dia 05 de junho.

Os vigilantes do bairro
Alunos do Caic Mariano Costa dão exemplo de amor e dedicação ao meio ambiente e à comunidade
Eles são pequenos, mas não se engane. Por trás da aparente fragilidade e da voz infantil existem verdadeiros protetores do meio ambiente, capazes de mobilizar toda a comunidade em torno de uma proposta. Estes são os alunos da 4ª série do Caic Mariano Costa, de Joinville, os idealizadores do projeto “Terreno bem cuidado, futuro preservado!”, uma lição de amor à natureza e valorização da comunidade.

Ao lado deles está a professora Mari Cipriano, responsável por colocar em prática a ideia que brotou dos próprios alunos quando ainda estavam na 2ª série. Era para ser somente um estudo sobre o bairro Adhemar Garcia, mas acabou virando algo muito maior.

“Uma das atividades de estudo do bairro era o diagnóstico dos problemas que mais incomodavam as famílias. O lixo ficou em primeiro lugar”, recorda Mari.

Com o problema identificado, a professora desafiou as crianças a encontrar soluções. Foi aí que surgiu outra questão prática associada ao lixo: o grande número de terrenos baldios abandonados ou mal-conservados na região. “Nós contamos quantos terrenos públicos abandonados existiam por aqui e decidimos começar a trabalhar essa questão”, relata.

Um terreno bem perto da escola concentrou as ações dos alunos. “Nossa, tinha muito lixo lá! Tinha até animal morto, móvel, plástico. Não dava para fazer nada”, comenta o pequeno André Eduardo Cipriano, um dos líderes do projeto. A ideia era revitalizar o lugar e transformá-lo em uma praça para a comunidade.

O primeiro passo foi bolar uma campanha de conscientização e partir para a panfletagem.

Na aula de informática, as crianças fizeram desenhos que ilustraram um folder distribuído pelo bairro. Mais tarde, as imagens foram usadas em uma camiseta. Os pequenos vestiram, literalmente, a camisa do projeto. “Eles se engajaram muito, desde o começo”, comenta a professora.

Depois, a criançada também pôs a mão na massa na construção de placas de orientação à comunidade. “Nós que desenhamos e pintamos as letras”, orgulha-se André. As ações foram combinadas com aulas teóricas de todas as disciplinas. “Foram várias visitas ao terreno, sempre com alguma disciplina sendo privilegiada. Fizemos muitos textos, mapas e diversas atividades relacionadas ao assunto”, enumera Mari.

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